terça-feira, 26 de julho de 2011

PAIS MAUS

Dr. Carlos Hecktheuer- médico psiquiatra

"Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu os amei o suficiente para ter-lhes perguntado aonde vão, com quem vão, e a que horas regressarão.

- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar os doces que tiraram do supermercado, ou revistas, do jornaleiro, e fazê-los dizer ao dono: "Nós tiramos isto ontem, e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu os amei o suficiente para deixá-los ver, além do amor que eu sentia por vocês, o meu desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para lhes dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até me odiaram).

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... Porque, no final, vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:


"Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo. As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvetes no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

Insistiam em que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade, e apenas a verdade.

E, quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!
Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.

Enquanto todos podiam voltar tarde da noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos até os 16 para chegar um pouco mais tarde; e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos, ao voltar).

Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, roubo, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por crime algum.

FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS!

Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos PAIS MAUS, como eles foram".

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE:

NÃO HÁ PAIS MAUS O SUFICIENTE!

sábado, 2 de abril de 2011

JARDINS






No meu jardim há lírios, rosas, margaridas e violetas, dizia Célia.

-No meu , dizia Rute, há principalmente cravos.

-Que bom, na primavera, não é ? perguntou Marília. Podem fazer-se grandes ramos para as jarras de mamãe.

-E o papai, então, que gosta tanto de flores ! ... disse Rute.

E como, enquanto as três meninas conversavam, Noêmia pensasse docemente

perto delas, sem dizer nada, perguntaram-lhe o que havia no seu jardim.

Ela disse que o seu jardim tivera muitos cravos, lírios, rosas e margaridas, também.

Era um jardim tão bonito que fazia parar as criaturas que passavam por ele.

Algumas pediam-lhe flores. E ela dava. Outras pediam-lhe mudas.

E ela dava, dava sempre ... De maneira que no seu jardim não havia agora

quase nada ...A bem dizer, nada, mesmo ...

Ela , porém, não estava triste – porque as suas flores deviam andar noutros jardins ...

E as três meninas abraçaram Noêmia com ternura .

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A escola


"Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz."

sábado, 15 de agosto de 2009

Deixem-nas Ser

Vejam que as suas mãos tão pequenas
dão mesmo conta é das bolas de gude!
Vejam quão serenas,
Mas plenas de atitude...
E com que apreço amassam a terra
que vira bolos e doces
dos mais diversos sabores.
(E sonhos de múltiplas cores!)

É tempo de infância!
Tempo de subir,
e descer: crianças.
Deixem-nas ser!

Vejam: não conhecem a gravidade!
E com que prazer desafiam o vento
se lhes quer levar a pipa tão colorida
(e a vida... e a ingenuidade...)
que aprenderam a desenvolver
no curto tempo que têm
sem crescer...

Um Novo Tempo precisa nascer!
Deixem que sejam crianças!
Deixem-nas viver!

Não lhes imponham a arte do ofício!
Deixem que seus dedos curtos, e puros,
desenhem letras, árvores, flores;
levantem pontes, derrubem muros;
tracem amores;
desfaçam laços;
criem, apaguem, recriem os traços
do mundo que elas precisam olhar, ver e refazer...
Deixem-nas escolher!
No curto tempo que têm pra crescer...

Crianças é o que precisam ser!
Dêem-lhes tempo! Deixem-nas aprender!
Sem medo dos tempos que passam,
deixem que inventem, que façam
o Novo Tempo nascer!

Ederson Peka
& Célia de Lima

domingo, 12 de abril de 2009

“Tudo o que eu sei aprendi no Jardim de Infância.”

Grande parte das coisas que preciso de saber sobre a vida, sobre o que fazer e como ser, aprendi no jardim de infância...

- A sabedoria, afinal, não estava no topo de uma montanha chamada Universidade mas sim na caixa de areia da minha escola.

- Eis as coisas que aprendi: a compartilhar... a não fazer batota...a não magoar os outros... a arrumar o que desarrumei... e a limpar o que sujei.

- A não tirar o que me pertence, a pedir desculpa quando magoo alguém.

- A lavar as mãos antes de comer. A puxar o autoclismo.

- Aprendi que o leite faz bem á saúde. Aprendi a aprender, a pensar e também que desenhar, pintar, cantar e dançar era bom... a dormir a sesta...a Ter cuidado com o trânsito ... a dar a mão, a ser solidário.

- Vi a semente a crescer no copo de plástico; as raízes descem e a planta, sobe embora não saiba porquê, gosta-se.

- Os peixes dourados, os hamsters, os ratinhos brancos...(e mesmo a planta no copo de plástico) morrem. Nós também.

- E lembro-me dos primeiros livros, da primeira palavra que aprendi: vê! É isso que tenho feito sempre.

- Se todos- em todo o mundo- tivessem tomado um copo de leite às quatro da tarde, depois de terem dormido a sesta, o mundo estaria bem melhor.

- Ou se houvesse uma política de base no nosso país- e em todos os outros- de devolver o que não é nosso e de limpar o que sujamos.

- E também sei que é verdade, que ainda é verdade, que no mundo o melhor é dar as mãos... e ficarmos juntos.

R. FULGHUM
 

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Não esqueça sua estrela...Feliz 2009!!!

Uma para cada pessoa

Era uma árvore diferente de todas as árvores. Não dava maçãs. Não dava laranjas. Não dava cerejas. Dava estrelas.
Estrelas azuis, douradas, verdes, vermelhas, prateadas. Para as apanhar não era preciso trepar à árvore, nem encostar-lhe uma escada ao tronco.
Todas as manhãs a árvore sacudia os ramos, e as estrelas caíam no chão para quem as quisesse.
Havia pessoas, que, vendo-as tão lindas, apanhavam-nas e iam para casa muito alegres com as algibeiras cheias de estrelas. Mas havia também gente apressada que passava ao volante do seu automóvel e nem as via.
Como havia gente que andava a pé mas nem olhava para o alto nem olhava para o chão, só olhava para dentro, e por isso também não reparava nelas. E havia outras que se divertiam a fazer pontaria às estrelas; quando lhes acertavam, as estrelas apagavam-se como um gritinho de cristal partido. Que pena!
Mas o vento pegava nas que ficavam esquecidas, e levava-as consigo pelos ares fora. E atirava-as para dentro das casas através das janelas abertas. Deitava-as pela chaminé das casas que tinham as janelas fechadas. Ou dei­xava-as dependuradas numa beirinha do telhado onde ficavam a baloiçar como sinos pequeninos.
E as pessoas que tinham enchido as algibeiras de estrelas, repartiam-nas com os vizinhos distraídos e apressados.
Isto, todos os dias. Sempre. Porque a árvore das estre­las dava tantas que chegavam para todos.
Até ao dia em que cada pessoa do mundo tivesse a sua estrela.
Então o mundo seria feliz.


Maria Isabel Mendonça Soares
Conceição Dinis; Fátima Lima (org.)Aventura das LetrasPorto, Porto Editora, 2003

(extraido do blog www.contadoresdehistorias.wordpress.com

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

AUTO DE NATAL 2008

Este é o terceiro ano que realizamos nosso Auto de Natal: uma alegre cantata natalina idealizada pela professora Helena Verônica e abraçada por toda equipe escolar , que se dispõe ano a ano na escolha das musicas, ensaios, confecção de cenário e vestimentas. No evento temos também a representação do presépio, sugestão trazida pela direção da escola e acolhida pelo grupo. Um verdadeiro espírito natalino, manifesto na união, empenho, disposição de toda comunidade!
FELIZ NATAL!!!
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Quem sou eu

O Centro de Convivência Integrado "Jornalista José de Moura Santos", localiza-se na rua Guaratinga,362, no bairro Jardim Piatã I, no municipio de Mogi das Cruzes. Atendemos cerca de 260 a 270 crianças, com idade entre 0 a 6 anos, nas seguintes modalidades: .Creche(integral),das 7h30 ás 17h e pré-escola. .Educação Infantil(parcial). Este Centro de Convivência Integrado Infantil foi inaugurado em 11 de setembro de 1998 em resposta ao crescimento populacional do bairro e a necessidade de atender a população com Educação de Qualidade e compromisso com a formação social e construção da cidadania.