sábado, 15 de agosto de 2009

Deixem-nas Ser

Vejam que as suas mãos tão pequenas
dão mesmo conta é das bolas de gude!
Vejam quão serenas,
Mas plenas de atitude...
E com que apreço amassam a terra
que vira bolos e doces
dos mais diversos sabores.
(E sonhos de múltiplas cores!)

É tempo de infância!
Tempo de subir,
e descer: crianças.
Deixem-nas ser!

Vejam: não conhecem a gravidade!
E com que prazer desafiam o vento
se lhes quer levar a pipa tão colorida
(e a vida... e a ingenuidade...)
que aprenderam a desenvolver
no curto tempo que têm
sem crescer...

Um Novo Tempo precisa nascer!
Deixem que sejam crianças!
Deixem-nas viver!

Não lhes imponham a arte do ofício!
Deixem que seus dedos curtos, e puros,
desenhem letras, árvores, flores;
levantem pontes, derrubem muros;
tracem amores;
desfaçam laços;
criem, apaguem, recriem os traços
do mundo que elas precisam olhar, ver e refazer...
Deixem-nas escolher!
No curto tempo que têm pra crescer...

Crianças é o que precisam ser!
Dêem-lhes tempo! Deixem-nas aprender!
Sem medo dos tempos que passam,
deixem que inventem, que façam
o Novo Tempo nascer!

Ederson Peka
& Célia de Lima

domingo, 12 de abril de 2009

“Tudo o que eu sei aprendi no Jardim de Infância.”

Grande parte das coisas que preciso de saber sobre a vida, sobre o que fazer e como ser, aprendi no jardim de infância...

- A sabedoria, afinal, não estava no topo de uma montanha chamada Universidade mas sim na caixa de areia da minha escola.

- Eis as coisas que aprendi: a compartilhar... a não fazer batota...a não magoar os outros... a arrumar o que desarrumei... e a limpar o que sujei.

- A não tirar o que me pertence, a pedir desculpa quando magoo alguém.

- A lavar as mãos antes de comer. A puxar o autoclismo.

- Aprendi que o leite faz bem á saúde. Aprendi a aprender, a pensar e também que desenhar, pintar, cantar e dançar era bom... a dormir a sesta...a Ter cuidado com o trânsito ... a dar a mão, a ser solidário.

- Vi a semente a crescer no copo de plástico; as raízes descem e a planta, sobe embora não saiba porquê, gosta-se.

- Os peixes dourados, os hamsters, os ratinhos brancos...(e mesmo a planta no copo de plástico) morrem. Nós também.

- E lembro-me dos primeiros livros, da primeira palavra que aprendi: vê! É isso que tenho feito sempre.

- Se todos- em todo o mundo- tivessem tomado um copo de leite às quatro da tarde, depois de terem dormido a sesta, o mundo estaria bem melhor.

- Ou se houvesse uma política de base no nosso país- e em todos os outros- de devolver o que não é nosso e de limpar o que sujamos.

- E também sei que é verdade, que ainda é verdade, que no mundo o melhor é dar as mãos... e ficarmos juntos.

R. FULGHUM
 

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Não esqueça sua estrela...Feliz 2009!!!

Uma para cada pessoa

Era uma árvore diferente de todas as árvores. Não dava maçãs. Não dava laranjas. Não dava cerejas. Dava estrelas.
Estrelas azuis, douradas, verdes, vermelhas, prateadas. Para as apanhar não era preciso trepar à árvore, nem encostar-lhe uma escada ao tronco.
Todas as manhãs a árvore sacudia os ramos, e as estrelas caíam no chão para quem as quisesse.
Havia pessoas, que, vendo-as tão lindas, apanhavam-nas e iam para casa muito alegres com as algibeiras cheias de estrelas. Mas havia também gente apressada que passava ao volante do seu automóvel e nem as via.
Como havia gente que andava a pé mas nem olhava para o alto nem olhava para o chão, só olhava para dentro, e por isso também não reparava nelas. E havia outras que se divertiam a fazer pontaria às estrelas; quando lhes acertavam, as estrelas apagavam-se como um gritinho de cristal partido. Que pena!
Mas o vento pegava nas que ficavam esquecidas, e levava-as consigo pelos ares fora. E atirava-as para dentro das casas através das janelas abertas. Deitava-as pela chaminé das casas que tinham as janelas fechadas. Ou dei­xava-as dependuradas numa beirinha do telhado onde ficavam a baloiçar como sinos pequeninos.
E as pessoas que tinham enchido as algibeiras de estrelas, repartiam-nas com os vizinhos distraídos e apressados.
Isto, todos os dias. Sempre. Porque a árvore das estre­las dava tantas que chegavam para todos.
Até ao dia em que cada pessoa do mundo tivesse a sua estrela.
Então o mundo seria feliz.


Maria Isabel Mendonça Soares
Conceição Dinis; Fátima Lima (org.)Aventura das LetrasPorto, Porto Editora, 2003

(extraido do blog www.contadoresdehistorias.wordpress.com

Quem sou eu

O Centro de Convivência Integrado "Jornalista José de Moura Santos", localiza-se na rua Guaratinga,362, no bairro Jardim Piatã I, no municipio de Mogi das Cruzes. Atendemos cerca de 260 a 270 crianças, com idade entre 0 a 6 anos, nas seguintes modalidades: .Creche(integral),das 7h30 ás 17h e pré-escola. .Educação Infantil(parcial). Este Centro de Convivência Integrado Infantil foi inaugurado em 11 de setembro de 1998 em resposta ao crescimento populacional do bairro e a necessidade de atender a população com Educação de Qualidade e compromisso com a formação social e construção da cidadania.